Da primeira vez que ouvi falar que a Jenny de Gossip Girl tinha uma banda, pensei que se tratava de um pop descartável. Felizmente, me enganei. A banda de Taylor faz um rock alternativo competente, muito melhor do que várias bandas atuais como o Paramore, na minha opinião.
Taylor Momsen pode não ser a cantora mais afinada do mundo, nem ter a presença de palco mais marcante, mas tem talento, estilo e atitude. Sua voz combina com o quê rebelde e meio niilista das músicas - como se fosse um simples desabafo de uma adolescente revoltada. Os gritos de "My Medicine" não deixam dúvida e esbanjam atitude. O famoso single "Make Me Wanna Die" tem um teclado em sua introdução, que transmite para os não falantes da língua inglesa o lamento da letra: you make me wanna die, I'll never be good enough, everytime I look inside your eyes you make me wanna die.
As músicas não são muito técnicas, trazem influência do punk rock - guitarras distorcidas com acordes simples, bateria enérgica e linhas de baixo golpeantes -, no melhor estilo "menos é mais". Alguns efeitos de teclado e violoncelo também trazem toques interessantes e melódicos, novamente reforçando os lamentos de Taylor Momsen.
Minhas preferidas são as já citadas "MyMedicine" e "Make Me Wanna Die", e também "Miss Nothing" e"Factory Girl". "Factory Girl" é a mais animada do disco, na minha opinião - não transmite aquela carga forte de raiva de "Just Tonight", por exemplo.
Ainda temos duas baladas: "Nothing Left to Lose" e "You". "Nothing Left to Lose" chega a me lembrar, bem de leve, algumas baladas grunges - algo que Courtney Love poderia ter pensado em cantar. De fato, a banda é classificada como post-grunge, mas esse rótulo nunca fez sentido para mim - deve ter algo a ver com os lamentos de Taylor nas letras e o som simples e distorcido das músicas.
Aguardo ansiosamente o próximo disco da banda - se seguir a linha de Light Me Up, vai me agradar bastante.
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