Finalmente terminei de jogar a trilogia mais recente de Tomb Raider e como joguei os três jogos na sequência, achei que seria interessante trazer um resumo do que achei de cada um aqui.
Tomb Raider
Ao contrário dos jogos que joguei na infância, neste jogo a Lara começava apenas como uma jovem exploradora e curiosa que, numa situação extrema, precisa se virar pra sobreviver.
A história do jogo começa simples, uma expedição pra encontrar uma cidade perdida em uma ilha, uma tempestade esquisita e um naufrágio. Lara se vê sozinha e, enquanto tenta reencontrar seu grupo de amigos que estava no mesmo barco, vai descobrindo segredos bizarros e passando por situações cada vez mais extremas.
Para os novos jogadores, sem dúvida o jogo faz um ótimo trabalho de criar uma heroína, Lara passa por momentos super emotivos, descobre traições, enfrenta todo tipo de desafio para salvar sua melhor amiga e, de quebra, salvar o mundo (por que não?).
Visualmente o jogo é muito bonito e, mesmo 12 anos depois do seu lançamento, ainda é possível ficar boquiaberto ao olhar para alguns cenários.
As mecânicas do jogo são bem interessantes e trazem uma estrutura simples e muito eficiente de árvore de habilidades assim como uma estrutura de aprimoramento de armas que além de mudar as qualidade das suas armas, afetam o visual e, seguindo na temática do jogo, dá um ar de improvisação e sobrevivência pra tudo no jogo, fantástico.
Rise of the Tomb Raider
O enredo segue uma fórmula parecida à do primeiro jogo, já tendo aprendido a sobreviver, Lara Croft agora está atrás de terminar o trabalho de pesquisa de seu pai, o que a leva à Sibéria para investigar o paradeiro de um item sagrado, ao chegar lá, algumas coisas dão errado e ela se vê tendo que se virar matando um monte de russos no caminho.
Uma diferença interessante é que no primeiro jogo sabemos pouco sobre o passado de Lara e, os momentos de "flashback" são transmitidos a partir de filmagens de uma câmera de sua amiga que Lara acaba encontrando ao chegar na ilha. Já no segundo jogo, Lara tem lembranças de seu pai, de sua infância e de traumas.
Outra diferença é que no segundo jogo temos o mapa um pouco mais amplo e encontramos NPCs que estão do mesmo lado da Lara, de forma que passa-se a ter mais diálogos e momentos de exploração / sidequests. Um erro é que essas sidequests e desafios premiam com pouco então é fácil se ver entediado com a ideia de "desligar todas as torres de rádio" ou ainda "pegar todos os itens de um tipo X".
Aqui vemos que o estúdio tentou criar algo mais sólido que desce espaço pra outros jogos, temos o estabelecimento de um vilão mais maligno e a definição de uma organização chamada "A Trindade", da qual esse vilão faz parte.
Apesar do jogo seguir mais ou menos a mesma fórmula e ter ideias interessantes, o jogo caminha pra mostrar uma Lara muito menos profunda, mesmo os momentos em que, em tese, estamos vendo os traumas de Lara não há tantas cenas impactantes ou momentos memoráveis no jogo.
Visualmente o jogo é muito parecido com o primeiro mas não impressiona.
Shadow of the Tomb Raider
Finalmente chegamos ao último da trilogia, depois de um começo épico e um meio bom, o terceiro jogo tinha tudo pra ser um fracasso, eu particularmente imaginava que eles iriam tentar criar algo formidável e iam acabar matando a trilogia inteira. Felizmente, não foi o que aconteceu.
O terceiro jogo tem uma ambientação INCRÍVEL, a estrutura de "cidades" que é colocada aqui, permite que você passe horas apenas explorando os diferentes locais das vilas e conversando/pegando quests com NPCs. Quase todos os lugares por onde você passa é lindo, fazendo com que valha a pena andar mais lento pra olhar em volta.
Ao contrário do segundo jogo, as missões secundárias tem recompensas interessantíssimas, como roupas que dão status diferentes, habilidades ou armas melhores. Isso faz com que o tempo pra terminar o jogo aumente muito sem você ao menos perceba.
A história neste jogo ficou mais complexa e os NPCs bem mais interessantes e menos maniqueístas, neste jogo, começamos numa expedição simples pra pegar um item e descobrimos que "A Trindade" esta atrás deste mesmo item, sem querer Lara começa um apocalipse e precisa resolver uma série de enigmas para conseguir impedir a Trindade de acabar com o mundo.
O mais interessante deste jogo é que ele conseguem ai mesmo tempo mostrar uma Lara forte e badass, e uma Lara doce e preocupada com seus amigos. Esse equilíbrio constrói cenas capazes de arrepiar qualquer um. Os fan services também são maravilhosos, por exemplo, em uma das missões jogamos dentro de um sonho de Lara, que se passa em sua mansão, na infância, a semelhança com a mansão apresentada nos antigos jogos de PS1 é gigante e eu não pude não abrir um sorriso imediatamente.
Tão bom quanto o primeiro jogo mas com uma identidade muito diferente Shadow of the Tomb Raider encerrou essa trilogia com maestria.
Existem rumores do lançamento de que um novo Tomb Raider esta em desenvolvimento, não se sabe se terá ligação com esta trilogia. Pra ser honesto, ao mesmo tempo que queria muito mais um jogo pra continuar estes, duvido muito que conseguiriam entregar algo a altura do que foi feito aqui, as vezes é melhora apenas deixar acabar.
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